Homem que atirou na irmã é condenado a um ano de prisão
Um homem acusado de atirar contra a própria irmã foi condenado a um ano de prisão durante o segundo juri popular realizado este ano em Brusque. Em julgamento que durou aproximadamente oito horas, Rudi Puhler foi considerado culpado pelo crime de lesão corporal. Ele vai cumprir a pena em regime aberto. A sessão do juri foi presidida pela juíza Maria Augusta Tridapalli.
O crime aconteceu em 23 de dezembro de 2006 no “Bar do Chico”, em Guabiruba, onde Rudi e o cunhado, Edson Luis de Amorim, estavam jogando sinuca. Após algumas partidas, o acusado teria convidado Edson para uma última rodada, que foi negada. Depois de uma breve discussão Edson retornou para casa, onde Mônica Puhler, irmã do acusado, estava preparando o jantar.
Ao retornar para casa onde estavam Edson e Mônica, que também lhe pertencia, Rudi foi proibido de entrar devido ao alterado estado alcoólico em que se encontrava. Em seguida, Rudi foi a casa de Manoel Alves e portou-se de uma espingarda, voltou a sua casa e após uma breve conversa cometeu o disparo contra sua irmã, ferindo Mônica na coxa. Esses dados estão contidos no processo 011.07.001064-2.
Em seu depoimento, Rudi Puhler afirmou que a denúncia do ministério público não relata a verdade e que a discussão havia começado porque Edson rasgou os R$5 que ele havia dado para pagar a conta. O acusado afirmar que não queria atirar em ninguém, e que o ato de pegar a espingarda foi apenas para dar um susto em Edson, que há algum tempo já vinha prometendo que “pegaria” Rudi. Ainda em depoimento, ele afirma que o tiro foi acidental.
“Jamais iria disparar contra a minha irmã”, afirmou o réu.
O promotor Jonathan Augustus Kuhnen, porém, defendeu a ideia de que Rudi Puhler tinha sim a intenção de matar, alegando que o fato de Rudi armar-se deixa claro a intenção.
Já na visão da defesa, feita por Marcelus Augusto Dadam e Adriana Duarte, os fatos indicavam que a tentativa de homicídio não cabia ao processo. Para a defesa, a altura do tiro, o fato de o acusado portar uma arma na mão e na outra um cigarro e de não ter atirado em Edson quando houve oportunidade comprovam que não houve intenção e que o tiro foi acidental.
“Não estamos pedindo a inocência, estamos sim pedindo frieza e tranquilidade para desclassificar a tentativa de homicídio”, declarou a defesa de Rudi Puhler.
Dos setes jurados sorteados, quatro eram homens e três, mulheres. A maioria decidiu por desclassificar a tentativa de homicídio, sendo o acusado condenado por lesão corporal.
A juíza determinou à imprensa que o réu não aparecesse nas fotografias, e que as fotos deveriam ser apenas de visão geral da sessão.
Na próxima sexta-feira (21), ocorrerá o julgamento de Dirlei Alves Ferreira dos Santos, acusado de atirar em Adonir de Oliveira. O crime aconteceu no dia 27 de novembro de 2008 no bairro Limeira. Após uma discussão, no qual os dois estariam embriagados , Dirleu teria pego uma arma e atirado contra Adornir, acertando a vítima na boca, que foi encaminhada ao Hospital de Azambuja e sobreviveu.